Tradicional evento do calendário de corridas de rua do Brasil reuniu mais de 18,5 mil atletas neste sábado (28) e domingo (29) na capital gaúcha. Vivian Kiplagati (foto), do Quênia, foi a grande campeão – Fotos: Lincoln Schindler/Foco Radical/Maratona de Porto Alegre A Maratona Internacional de Porto Alegre conheceu os grandes campeões de sua 39ª edição neste domingo (29). Vivian Kiplagati, do Quênia, e Maxwell Rotich, de Uganda, conquistaram o lugar mais alto do pódio da prova principal do tradicional evento do calendário de corridas de rua do Brasil. Mais 18,5 mil atletas participaram do evento esportivo em dois dias de corridas. O último sábado (28) foi da Meia Maratona (21,097 km), das Rústicas de 10 km e 5 km e da Maratoninha (infantil), enquanto o domingo foi dedicado à prova principal, com os 42,195 km na capital gaúcha. Vivian Kiplagati (QUE) e Maxwell Rotich (UGA) entraram para o rol dos grandes atletas da tradicional Maratona Internacional de Porto Alegre, ao escreverem seus nomes na história da maratona mais antiga, mais icônica e mais rápida do Brasil. O ugandense Maxwell Rotich estreou na distância e, de cara, conquistou o título. Ele superou os 42,195 km com o tempo de 2h18m55. Já a queniana Vivian Kiplagati, segunda colocada na edição passada, alcançou a primeira colocação na maratona deste ano. Ela cruzou a linha de chegada após 2h42m57 de prova. Cada um faturou R$ 60 mil pelo lugar mais alto do pódio.  “Agradeço à organização da Maratona Internacional de Porto Alegre por ter me convidado para voltar para disputar a prova. No ano passado, fiquei na segunda colocação. Dessa vez vim para fazer uma maratona ainda mais forte. No começo, corri junto com outras atletas. Mas eu queria muito completar a prova e dei o meu melhor por este objetivo. Fico feliz com o resultado. Ainda mais com tanta torcida, que me incentivou chamando meu nome na reta final, e agradeço muito por isso”, disse a queniana.  “Primeiro, eu corri para completar a prova. O percurso é muito bom, ainda que o clima estivesse um pouco difícil por causa da alta umidade do ar neste domingo (29). Esta corrida no Brasil é muito boa. Estou muito feliz com a vitória e por ter conseguido essa boa premiação. Espero poder voltar na edição do próximo ano e, quem sabe, conseguir quebrar o recorde da prova”, falou o ugandense campeão da maratona.  A 39ª edição da Maratona Internacional de Porto Alegre foi a maior do histórico do evento. Ao todo, nos dois dias de provas, mais de 18,5 mil atletas participaram das corridas na capital gaúcha. Além disso, foram oferecidos R$ 645 mil em premiação, a maior entre as maratonas brasileiras em 2024. Prevista para junho, o evento esportivo teve de ser adiado para setembro em razão das enchentes e seus reflexos por todo o Rio Grande do Sul. Por isso, sua realização significa um marco na retomada do esporte e do turismo esportivo da cidade e do estado.  “A realização da 39ª Maratona Internacional de Porto Alegre, apesar das circunstâncias desafiadoras, foi um grande triunfo. O adiamento em razão das enchentes que atingiram a cidade e o estado, em maio, trouxe um desafio enorme, mas a determinação de todos os envolvidos, desde a organização até os atletas, fez com que o evento superasse todas as expectativas. Foi a maior edição já realizada em mais de quatro décadas. Foi não apenas um marco esportivo, mas também um símbolo de superação para Porto Alegre e para o Rio Grande do Sul”, afirma Paulo Silva, diretor da prova e do Clube de Corredores de Porto Alegre (CORPA), organizador do evento.  Com o céu iluminado em um lindo dia na capital gaúcha, a prova principal da Maratona Internacional de Porto Alegre 2024 teve largada às 7h, na arena montada em frente ao BarraShoppingSul. Cerca de 5,5 mil atletas correram os 42,195 km pelas ruas da cidade. Eles tiveram apoio do grande público que acompanhou de perto a maratona em diferentes pontos. Na primeira metade do percurso, os atletas contornaram a região dos clubes náuticos de Porto Alegre e seguiram rumo ao trecho pelos bairros Cidade Baixa e Menino Deus. A reta final da maratona passou pelo Centro Histórico, incluindo o interior do Mercado Público Municipal de Porto Alegre, um símbolo marcante da capital gaúcha, até o reencontro com a Orla do Guaíba para os últimos quilômetros até a linha de chegada.  Atletas africanos se sobressaíram desde o começo da prova. Entre os homens, os ugandenses Abraham Kiplimo, Maxwell Rotich e Paul Korir assumiram a liderança e imprimiram o ritmo da dianteira. No feminino, as quenianas Vivian Kiplagati e Susy Chebet tiveram a companhia da brasileira Franciane dos Santos. Já na metade da prova, a também brasileira Susane Martins passou a correr junto das três, mas não conseguiu acompanhar o ritmo por tanto tempo.  Após os primeiros 21 km até o km 30 da maratona masculina, a disputa entre os três ugandenses ficou franca para tomar a dianteira. Dentre eles, Maxwell Rotich foi para frente e abriu vantagem para se tornar forte candidato ao título da 39ª edição da Maratona Internacional de Porto Alegre. Ele foi o primeiro maratonista do evento a percorrer os 140 metros pelo interior do Mercado Público da capital gaúcha. No km 30 da prova feminina, a briga pela primeira posição seguiu entre as quenianas Susy Chebet e Vivian Kiplagati e a brasileira Franciane dos Santos. Elas passaram juntas pelo interior do Mercado Público.  Passava das 9h deste domingo (29) quando o grande público nos arredores da arena da Maratona de Internacional de Porto Alegre 2024, montada em frente ao BarraShoppingSul, fazia muito barulho por conta da passagem de Maxwell Rotich. Sozinho, ele abriu os braços e agradeceu à torcida antes de cruzar o pórtico de chegada. O ugandense marcou 2h18m55 para se sagrar o campeão da 39ª edição da maratona, em sua primeira prova de 42,195 km da carreira. A segunda posição ficou com o queniano Elisha Barno. O melhor brasileiro foi